sábado, 5 de junho de 2010

Vinho, cultura da vida




Vou reproduzir aqui o email que recebi do meu amigo e professosor Rabachino. É um pouco grande mas exprime quase tudo o que penso sobre o assunto.

É importante sensibilizar os adultos e adolescentes sobre os perigos do abuso de álcool.
A tolerância zero, eu acho, não resolveria o problema.

O vinho é um símbolo do relacionamento saudável entre o homem e o meio ambiente. O vinho é alegria e sociabilidade.
Acredito profundamente em todos esses conceitos. Acredito honestamente que o vinho seja tudo isto e muito mais. O que está acontecendo? Porque o vinho está se transformando perigosamente, aos olhos das autoridades e da imprensa,  em um inimigo desleal e perigoso?  A palavra embriagado agora vêm associada a cada maldade.  Aqueles que cometem crimes em um estado de alteração são sempre e somente os embriagados. Se for descoberto que tinha o assunto drogas, deixa-se passar. Embora a distinção com os alcoolizados não seja importante para a grande parte das informações, que, nestes casos, não informam. Desta forma, tudo, de repente, se torna difícil.

Diante das vidas dos nossos jovens, do restante, não se pode brincar. As inspeções são sacrossantas e deveria ser intensificadas. É importante sensibilizar os adultos e adolescentes sobre os perigos do abuso de álcool. É corretíssimo punir muito mais severamente quem, ao dirigir, comete danos a vidas neste estado de alteração. Mas, consideremos todo o resto, por favor.

A tolerância zero, eu creio, não resolveria o problema. Aqueles que decidem dirigir após ingerir doses absurdas de álcool, não pode ser equiparado a quem sai para jantar e bebeu um cálice de vinho.
É estúpido, além de ser injusto. Porque o legisladores, ao invés de serem tentados a perseguir uma estrada anti-histórica e neo-proibicionista, não se preocupa em dar ferramentas de conhecimento e de formação aos nossos jovens?
Por que ninguém pensou em inserir no material didático escolar, talvez a disciplina mais importante, a única que pode salvar vidas e seguramente prolongá-las: o estudo da nutrição e a cultura da moderação; talvez enviando uma autoridade na área de saúde ou um representante da polícia para falar sobre os danos causados pelo abuso do álcool.
Não é uma provocação, é uma proposta séria.
Pense em quantas vidas poderiam ser salvas e quantas doenças causadas pelos erros alimentares poderiam ser evitadas.  Pense na economia a médio e longo prazo. E, acima de tudo, pense no que significaria ter finalmente uma cultura enogastronômica em aumento de produtos que este mundo maravilhoso produz.

Vetar, proibir, punir. Três verbos que não gosto, mas que são necessários para poder conviver civilizadamente.

A enologia, os produtores, os vinhos não merecem ser considerados inimigos dos nossos jovens.
No mundo do vinho não temos mais do que uma cultura: temos a beleza da vida. É com esta cultura que queremos fazer crescer. É esta cultura que devemos transmitir aos nossos.
O vinho é um aliado da nossa saúde. O vinho é economia importante e viva. O vinho é uma imagem no mundo competitivo e vitorioso. O vinho possui uma linguagem universal que une povos e nações. O Vinho é vida!

Dr. Roberto Rabachino
Jornalista – diretor responsável pela revista europea Il Sommelier (www.ilsommelier.com)
Presidente dos jornalistas Italianos do Setor Agroalimentar (www.asa-press.com )
Diretor dos cursos da FISAR no Brasil e Presidente pela FISAR Internacional (www.fisar.com)
Presidente Honorário FSI Brasil (www.fsi-brasil.com.br)
Skype: Rabachino Roberto - Journalist, Italy - Web: www.rabachino.com

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